Recentemente, assisti a uma palestra de um psicólogo que admiro muito, onde ele abordou as relações que terminam. Ele destacou que as relações que mais acabam são aquelas em que há muitos olhares de desprezo. Anteriormente, ouvi outros profissionais discutindo esse mesmo assunto de maneira semelhante e até mesmo testemunhei exemplos disso em meu consultório.
O ato de revirar os olhos nesse contexto é uma demonstração de um sentimento perigoso nas relações: o desprezo.
O desprezo normalmente surge após a inquietação, o medo, a raiva, a tristeza e a desesperança terem se instalado.
Quando tudo o que poderia ser feito, ou pelo menos imaginado, já foi tentado, resta a sensação de que não há mais nada de positivo.
O outro passa a ser visto apenas como um incômodo, um problema; qualquer ação que ele tome é um lembrete de quão patético ele é, incapaz de oferecer algo de bom.
Você consegue se imaginar em uma situação assim? Sentindo emoções tão negativas em relação a alguém que já foi querido?
O desprezo não se limita apenas aos relacionamentos entre pessoas. Talvez você já tenha visto ou experimentado esse sentimento no trabalho, com seus pais, um amigo, ou até consigo mesmo.
O desprezo representa um desligamento do potencial positivo. É ver o outro como um estorvo, um peso.
É possível superar esse sentimento? Sim! Podemos ampliar nossa perspectiva e enxergar aspectos mais profundos das situações que nos causam esse sentimento, trabalhar na aceitação do outro e nos esforçar para vê-lo em sua totalidade.
Também podemos agir antes que o desprezo se instale, ao percebermos as outras emoções que o precedem.
Ouça esse sentimento, às vezes o desprezo pode ser o seu corpo dizendo que algo precisa mudar!”