Mentindo para não magoar (?)

Nossa cultura valoriza e incentiva a agradabilidade.

Somos ensinados a evitar conflitos, a não incomodar, a não causar transtornos.

Aprendemos que a verdade pode machucar e que a mentira é muitas vezes a escolha mais fácil.

Isso é algo comum, e muitas vezes é aceito como parte da vida. No entanto, a verdade absoluta nem sempre é possível.

O problema surge quando aplicamos esse aprendizado cultural às nossas relações íntimas.

Criamos realidades mais agradáveis, mais simples, mais gentis, em situações onde seremos continuamente confrontados com questões que podem causar sofrimento.

Por medo de magoar o outro, optamos por mentir. Mas quem sofre a longo prazo? Nós mesmos!

E o que acontece com as mentiras e omissões? Elas geralmente retornam à tona.

Nas relações íntimas, a mentira é como um veneno lento. Corrompe o presente e o futuro, afetando tanto quem mente quanto quem ouve a mentira. Portanto, é importante ter cuidado com o alívio temporário que ela oferece.